quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sensacionalismo barato... culpa nossa!

Estava eu a conversar com amigos na comunidade do orkut Calouros que fizeram história. O assunto era essa enxurrada de notícias ruins que recebemos através da mídia, em detrimento da maioria esmagadora de coisas boas que acontecem todos os dias ao nosso redor - mas que não dão Ibope, não é mesmo?


Pois é, mas a culpa é nossa, que damos audiência pra tudo isso. Vamos começar uma campanha contra programas no estilo "Cidade Alerta" ou "Brasil Urgente", por favor, meus queridos! A campanha é simples: basta não assistir! E se o seu telejornal favorito não cansa de sensacionalizar uma notícia que não te ajuda em nada, mude de canal! Só fará bem a você mesmo!


Sintetizando tudo o que foi dito por lá, gostaria de compartilhar o comentário da Cida Gentil Beato, pessoa de uma sensibilidade ímpar que, na minha opinião, expressou de maneira espetacular qual deve ser o nosso comportamento, se quisermos começar a fazer um mundo melhor.


Querer e prestar a atenção no melhor é questão de exercício, ou seja, vc tem que exercitar já que o pior sempre chama mais a atenção. E não é fácil, mas é necessário racionalizar bastante e tornar-se exigente com aquilo que se quer para si. Querer o melhor, saber preferencialmente dos bons acontecimentos, das boas ações, do que é melhor em todas as áreas, deve ser uma meta.
É a minha e foi a forma que descobri para ser feliz, não que não me sensibilize com as catástrofes, mas com atrasos de voos por causa da poeira vulcânica, eu nem ouço...rs.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Felicidade Realista

Felicidade Realista
Martha Medeiros


A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.


Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.


Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.


E quanto ao amor? Ah, o amor.. não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o
que dá ver tanta televisão.


Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.


Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.


Dinheiro é uma benção.
Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado.
E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.


Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.


Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.


Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo.


Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça de que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade...


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Este texto é lindo, e quero aproveitar pra chamar a atenção para um fato que vem ocorrendo muito no território livre e vasto da internet. Vários textos e poemas tem tido sua autoria atribuída a autores consagrados, quando na verdade não são deles. Cuidado ao repassar textos recebidos, pesquise. O Google está aí pra isso.


Esse é um problema grave nos dois sentidos. Felicidade Realista, por exemplo, é lindo, por que tirar a autoria de Martha Medeiros que tão bem o escreveu? Este texto circula na internet como sendo de autoria de Mário Quintana. Fãs de Mário Quintana juram que ele nunca escreveria a palavra "sarado" em um texto seu rsrs...
Já outros, são ridículos e enchem de problemas o suposto autor, como aconteceu com Gabriel García Marquez, Nobel de Literatura de 1982, e um texto com imagens que ele teria escrito supostamente antes de morrer de cancer. Pois bem, Gabriel ta vivo, e não escreveu o texto que, segundo ele, o mataria de vergonha antes mesmo do cancer, que realmente ele tem, mas que não o levou rsrsrsrs


Pelos emails que recebo, vejo que Arnaldo Jabor é um ícone nesse tipo de coisa., vive tendo textos atribuídos a ele. Enfim, analisem e pesquisem. Se a mensagem for bonita, repassem, mas corrijam o erro.


Beijos e abraços do Luiz França, que de Literatura não entende nada, mas em curiosidade é Doutor (viva o Google) hehehe