quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Rock Brasilia - Era de Ouro

Nesta terça 25/11 assisti ao documentário Rock Brasilia - Era de Ouro. O filme conta a história da formação do rock nacional que estourou nos anos 80, em especial a trajetória das bandas Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial, partindo do início de tudo - o Aborto Elétrico.

Não sei se no cinema esse documentário será sucesso de bilheteria, acho que é mais pra se assistir na TV no conforto do lar, porém uma coisa é certa: todos deveriam assistí-lo, em especial aqueles que não viveram a magia dos anos 80 ou se esqueceram dela.

Graças a Deus, tive a sorte de viver minha adolescência influenciado por esses pensadores da música - melhor formação musical não poderia haver.

Uma época em que se fazia música com conteúdo e com propósito, não simplesmente se juntava rimas sem muita inteligência pra empurrar goela abaixo de um povo com crítica ainda em formação, como se faz hoje.

Rock Brasilia é um documentário interessante não apenas aos fãs de Renato Russo e companhia, mas principalmente aqueles que gostam de música de verdade.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Fim da OMB?

A Ordem dos Músicos do Brasil – OMB – é um órgão criado por uma lei de 1960, com o objetivo de regulamentar a proteger a profissão de músico em nosso país.

Porém, a grande verdade é que os mais interessados – ou seja, os músicos – são os que mais criticam essa entidade, e se muitos são filiados a Ordem, e possuem a tão comentada "carteirinha de músico", o fato é que o fazem mais por obrigatoriedade, para poderem se apresentar em locais onde a carteira é exigida, e a realidade mostra que a esmagadora maioria dos profissionais da música – isso inclui os contratantes – quer mesmo o fim da OMB.


Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA

Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (01/08/11) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão.

Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil.

Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar.

A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal.

Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou.

O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever.

Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. 

Fonte: Folha.com

terça-feira, 26 de julho de 2011

Viver de música - um pouco da minha história musical

Quando nos perguntam qual a sua profissão, e respondemos "sou músico", na verdade estamos generalizando. Aliás, generalizar por si só já é difícil, já que, por incrível que pareça, para muitos essa profissão ainda é uma incógnita. No Brasil, tudo que envolve arte ainda está muito distante de ser devidamente compreendido. É uma questão cultural, com o tempo se resolve.

O lance é que ainda encontramos dificuldades, por exemplo, na hora de preencher um cadastro. A profissão "músico" aparece, com efeito, em muitos deles, mas há aqueles em que devemos apelar para o termo "autônomo", ainda mais genérico e muito menos de acordo com a realidade...

Mas isso explica aquela cara de surpresa, com uma leve pitada de desconfiança, com que nos olham aqueles que se atrevem a perguntar: "Mas você só trabalha com música?" rsrsrsrsrs

Esse é um problema mais do iniciante nesse pedregoso campo,
já que à medida que você vai ganhando experiência, essa questão anula-se de duas maneiras: a primeira é que o músico aprende que não tem que provar nada e nem tentar convencer ninguém a não ser a si mesmo, de que é capaz e tem talento para exercer o seu trabalho. A segunda é que, quanto mais trabalha, mais esse trabalho é reconhecido e torna-se notável, até pelo tempo que ele consome, de que você tem uma profissão digna de respeito e sobretudo de admiração.

Ainda vai restar a questão da fama - afinal, para muitos, ser um músico profissional significa estar na mídia, aparecer aqui e ali naqueles veículos onde o jabá faz a festa. Aqui, mais uma vez a experiência vem mostrar que o que vale mesmo é o trabalho, que vai te dar o prazer da realização profissional aliada a remuneração necessária a uma boa qualidade de vida. E, ao contrário do que pode parecer a primeira vista, fama nem sempre é sinônimo de remunerações mais altas, sobretudo essa fama repentina e de pouca duração que estamos acostumados a ver surgir todos os dias, com sucessos relâmpagos que raramente duram mais que um ano.

Claro que buscar a fama e o sucesso (usando aqui a palavra com sentido de fama também) não é nenhum pecado, e muitos que se embrenham pelo caminho da arte buscam mesmo esse objetivo. Que lutem então por isso e tenham consciência dos riscos, e boa sorte.

No meu caso, estou na música profissionalmente há 17 anos. Ou seja, foi no ano de 1994 a primeira vez que eu recebi uma remuneração para cantar. Antes disso, já tinha me apresentado em alguns palcos, mas acho que gostei mesmo dessa ideia de fazer o que gosto e ainda ganhar por isso, tanto que não parei mais.
É certo que demorei bastante pra encontrar o caminho, o jeito de me sentir seguro fazendo música. E nesse percurso a música foi sendo a atividade paralela, das horas vagas. Não é preciso dizer que você não consegue fazer algo realmente bem feito se não se dedicar totalmente aquilo.

Foi em meados de 2006 que as ideias começaram a se encaixar. Em dezembro de 2005 uma escola de informática onde eu trabalhava como instrutor fechou, e em vez de eu procurar outro emprego, resolvi (até que enfim) acreditar em mim e me dedicar ao que eu naturalmente tenho aptidão.

Para aqueles que na profissão de música só enxergam glamour, cantar em bares, shoppings e festas não é nada espetacular. Mas hoje, analisando a evolução da minha vida profissional, percebo que talvez os resultados tivessem aparecido muito antes, se eu tivesse enxergado a questão de "viver de música" pelo ângulo correto.

A música é arte em primeiro lugar. Se você deseja ser músico, um bom músico, terá que estudar muito e se dedicar bastante. Isso tudo, juntamente com o dom que vem de berço, vai te permitir executar lindas interpretações num instrumento ou arrancar aplausos para o seu canto.
Agora, se além disso você quiser ser um profissional da música, é preciso ter em mente que as exigências são as mesmas de toda profissão: responsabilidade, competência, comprometimento, pesquisa e aprendizado constantes, parcerias, investimento, etc etc etc... E, por que não dizer, engolir alguns sapos de vez em quando, como em qualquer profissão. Só para exemplificar a questão da responsabilidade: de nada adiantará ser um músico excelente, se você chegar atrasado aos eventos.

Acho que a conclusão a que se chega (simplificando é claro, e também falando basicamente do trabalho em bares que é feito por mim) é que quanto mais valorizarmos essa profissão, mais temos a ganhar em termos de qualidade. Pra você que é músico, é a excelência no seu trabalho, que te dará o prazer no reconhecimento das pessoas e remuneração merecida. Pra quem contrata, certeza de um ótimo serviço prestado por um profissional de qualidade, que trará retorno em forma de público exigente. Pra quem ouve, satisfação de receber arte em forma de música, por um artista que está próximo de você a ponto de te permitir interagir e ouvir um pedido seu ao vivo!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Segredo do Casamento

Esse texto é mais um que circula na net como sendo de autoria de Arnaldo Jabor, mas no final eu coloco os créditos ao verdadeiro titular: Stephen Kenitz.
Vale a pena ler. 
Abraços do Luiz França.


Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.
Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.

Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.
O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.

Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo? Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.
Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensando fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.

Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)
Editora Abril, Revista Veja, edição 1922, ano 38, nº 37, 14 de setembro de 2005, página 24

sábado, 21 de maio de 2011

Mudança no mercado musical

Acabo de ler no twitter do Jorge Vercilo que ele está se desligando das grandes gravadoras.

É o que eu venho dizendo já há algum tempo, mas como sou "peixe pequeno" pouca gente da crédito. A verdade é que o mercado da música mudou, "evoluiu" se quisermos usar esse termo.

Palavras do Jorge:
"Chega o dia em que o artista vê que tem mais condições e motivos diversos de divulgar seu trabalho sozinho do que por uma gravadora grande. (...) Precisamos todos no mercado da música, criarmos novas formas de venda, downloads de cds faixa a faixa, etc. Como dizia Cacilda Bequer: não podemos dar de graça a única coisa que temos para vender, nossa arte. Podemos sim criar formas mais baratas".
E essas gravadoras grandes, ou Majors, que durante anos ganharam milhões em cima da ARTE, controlando a mídia e direcionando o público, começam a entregar os pontos.

Talvez, atitudes como a do Jorge Vercilo (que não é novidade, Lobão e Tim Maia por exemplo já fizeram isso muito antes), ajudem a reviver a qualidade da música nacional, que ultimamente tem nos apresentado um lixo que certamente não faz parte da nossa cultura, mas que dá dinheiro e pra eles, é isso que importa.

Lixo descartável, com nomes que depois de um ano já sumiram e deram lugar a outro marionete nas mãos de quem controla a mídia.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Eventos

Olá amigos!
Como vocês sabem, além do trabalho nos bares e casas de show, também faço eventos fechados. São festas, confraternizações, empresas, etc.

Domingo passado, 15 de maio, foi mais uma dessas datas. No Espaço Via Uber, aconteceu o desfile de moda das Lojas Lilica & Tigor. Foi muito lindo, adorei participar.
Cantei acompanhado do meu baixista e produtor, o JB Eugênio. Por se tratar de um espaço pequeno para a apresentação, e também o destaque para as crianças que iriam desfilar, fizemos nesse formato mais intimista, sem bateria, só com baixo, violão e voz.

E se você quer fazer um evento, não deixe de levar Luiz França!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Caldo de Cana - Tem Que Mudar

Olá meus queridos!

Lembram que eu falei da participação numa música da Banda Caldo de Cana?
Pois aí está, ficou pronta e linda como já era esperado.

A música chama-se Tem Que Mudar, e nos convida a uma mudança de atitude com relação ao nosso planeta e aos nossos semelhantes.

Curtam!


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Caldo de Cana

Olá meus queridos!

Segunda-feira dia 07/02 fui ao estúdio fazer uma participação numa música da Banda Caldo de Cana, dos meus amigos Daniel Petrella, Bião e Piru. O tema da música é lindo, não vou adiantar nada ainda, mas aguardem que realmente é uma canção sensacional!

Logo estará pronto! Valeu amigos da Caldo de Cana pela oportunidade de participar desse trabalho maravilhoso.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Atitude: O Menino e a Árvore

Olá amigos! Resolvi compartilhar com vocês um vídeo que encontrei na net. Creio que dispensa comentários, as imagens falam por si.

Há tempos eu escrevi aqui um post sobre a história da vaquinha (quem perdeu, clique AQUI). Acho que a ideia desse video está interligada com a motivação do post sobre a vaquinha. Vale a pena.